Mário é um garotinho bastante observador. Um dia, reparando na grafia de seu nome, percebeu que nele moravam o mar e o rio, duas palavras bem especiais. Ele então constatou que ambas eram muito amigas, cada uma com sua respectiva característica: o mar é salgado, o rio é doce. No final da historinha, o menino tem uma agradável surpresa quando sente um balanço nas letras do próprio nome mudá-las de lugar e dar espaço para outra palavra surgir…
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Resenha:
Por Nic Cardeal (21.04.2018)
Escrito por Gloria Kirinus e ilustrado por Maria Eliana Delarissa, que conta a doce história do menino Mário, um pequeno curioso das letras e palavras.
Mário é um menino esperto de verdade. Sobe em árvore, olha o rio, lembra do mar. Vai pensando muito depressa, mas também sabe sonhar bem devagar. Sabe muito bem que existe água doce lá na beira do rio e água muito salgada lá no profundo mar azul. É, de fato, um garoto muito curioso, e até parece que passa a noite inteira sonhando com palavras querendo brincar de mudar de lugar.
Ele já sabe, de ouvir contar, que tanto o mar, como o rio, moram em seu nome. De qualquer maneira, confirma a notícia com seus pais: é verdade, e essa verdade Mário não haverá de esquecer jamais! Então ele pensa, pensa bastante, bem ligeiro e bem faceiro, e percebe que o mar e o rio do seu nome são amigos, um é doce, outro é salgado, um está na torneira, no chuveiro, outro faz marola no barco que vem e que vai visitar o amigo!
Mário é tão criativo que até imagina um anzol de pescar palavras no mar, de catar letrinhas no rio! Seus pais, assustados com tanto mar de palavras e tanto rio de letrinhas na imaginação do menino, alertam, preocupados: “- Filho, cuidado com tanto mar! – Filho, cuidado com tanto rio!” E Mário, tão desligado, vai logo dizendo despreocupado: “- Não vou me molhar, nem pegar resfriado…”
De tanto balançar de um lado pro outro no mar de palavras e no rio de letrinhas de sua imaginação, Mário brinca de trocar letrinhas de lugar: tira daqui, tira de lá, troca essa com aquela, ‘noves fora’, agora é que são elas, quanto sobra na marola? Um barco navegando em seu nome de rio, em seu nome de mar!
Todo feliz, Mário grita de alegria: “- Mãe, Pai, mora um barco em meu nome!”
Que tal dar um passeio no barco que mora no nome do menino Mário? Recomendo com muito entusiasmo! Tira remo, troca letra, joga o ‘eme’ na marola do mar, e faz do ‘i’ a isca de fisgar um ‘bê’ e um ‘cê’, e pronto: está feito o barco pra passear nas ondas da imaginação do menino Mário!
Agora é hora de contar só mais um segredo: sabe por que a Gloria tanto gosta de contar essa história das palavras que habitam no nome do Mário?
É que a GLORIA também tem um nome muito vasto, muito rico, todo feito de sucesso:
– nele o mundo todo RI,
– um GORILA brinca ali,
– a ROLA voa,
– a GOLA aquece,
– o LAGO molha,
– o RIO corre,
– a GAROa cai,
– a GLORIA escreve
– e eu LI!
(Vale a pena conhecer esse livro muito lindo!)
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